Faz um tempinho que não posto
crônicas no blog. Andei sem tempo de escrever, mas não deveria, porque não o
temos a mais nem a menos. O tempo é o mesmo. Ele é soberano, simplesmente
existe.
No entanto, a forma que o tempo
se expressa pode ser relativo - e acredito que foi isso que Einstein tentou
dizer com aquela fórmula. Não sou física, nem gosto de matemática, mas sabemos
que é relativo quando sentimos o tempo parar ou correr, quando nos misturamos a
ele.
O tempo para quando nos
lembramos de algum momento bom, ou do sorriso da pessoa que amamos, ou da nossa
infância. O tempo para quando estamos esperando ansiosamente uma boa notícia,
ou quando contemplamos o mar. O tempo para quando olhamos um álbum antigo ou
escutamos uma música que gostamos ou tomamos o sorvete predileto num dia de
calor. O tempo para quando conversamos ao telefone com a melhor amiga ou quando
lemos o um livro bacana ou assistimos à série favorita. O tempo para quando
fazemos uma oração ou quando ajudamos alguém que precisa. O tempo para
principalmente nas coisas boas e corre nos momentos de dificuldade e desespero
- o tempo é sábio.
Nunca entendi quando diziam
'Nossa, foi tão bom, pena que o tempo voou'. O tempo não voa nas boas
lembranças ou nos bons momentos, ele é eternizado. Tantas situações que
sentimos o tempo parar, mas acho que na verdade, quem para somos nós.
Damos um respiro. Sentimos que
há coisas interessantes na nossa vida e momentos felizes para serem
aproveitados, nem que sejam na memória - onde o tempo pode parar sempre que
quiser.
Hoje, depois de alguns dias sem
escrever resolvi sentir o tempo parar, me permitindo parar eu mesma. Parei,
respirei, me recompus, comi um bolo de chocolate com calma e escrevi este
texto. Parei meu tempo, para sentir a cada segundo que passa que a vida urge.
Daniele Van-Lume Simões 25/10/16
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