terça-feira, 25 de outubro de 2016

O tempo e a relatividade


Faz um tempinho que não posto crônicas no blog. Andei sem tempo de escrever, mas não deveria, porque não o temos a mais nem a menos. O tempo é o mesmo. Ele é soberano, simplesmente existe.
No entanto, a forma que o tempo se expressa pode ser relativo - e acredito que foi isso que Einstein tentou dizer com aquela fórmula. Não sou física, nem gosto de matemática, mas sabemos que é relativo quando sentimos o tempo parar ou correr, quando nos misturamos a ele. 
O tempo para quando nos lembramos de algum momento bom, ou do sorriso da pessoa que amamos, ou da nossa infância. O tempo para quando estamos esperando ansiosamente uma boa notícia, ou quando contemplamos o mar. O tempo para quando olhamos um álbum antigo ou escutamos uma música que gostamos ou tomamos o sorvete predileto num dia de calor. O tempo para quando conversamos ao telefone com a melhor amiga ou quando lemos o um livro bacana ou assistimos à série favorita. O tempo para quando fazemos uma oração ou quando ajudamos alguém que precisa. O tempo para principalmente nas coisas boas e corre nos momentos de dificuldade e desespero - o tempo é sábio. 
Nunca entendi quando diziam 'Nossa, foi tão bom, pena que o tempo voou'. O tempo não voa nas boas lembranças ou nos bons momentos, ele é eternizado. Tantas situações que sentimos o tempo parar, mas acho que na verdade, quem para somos nós.
Damos um respiro. Sentimos que há coisas interessantes na nossa vida e momentos felizes para serem aproveitados, nem que sejam na memória - onde o tempo pode parar sempre que quiser.
Hoje, depois de alguns dias sem escrever resolvi sentir o tempo parar, me permitindo parar eu mesma. Parei, respirei, me recompus, comi um bolo de chocolate com calma e escrevi este texto. Parei meu tempo, para sentir a cada segundo que passa que a vida urge. 

Daniele Van-Lume Simões 25/10/16



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