O corpo é engraçado, não se
engana. Cansaço, estresse, rotina, tudo isso faz com que alguns sinais apareçam
- e geralmente não são bons. Quilos a mais, olheiras, insônia, colesterol
limítrofe... O preço é alto que pagamos pela vida moderna.
Quando era mais nova, pensava
que deveria ser um tédio viver numa praia ou num sítio. Hoje penso nisso todo
dia. Mas de outra forma.
Essa rotina cibernética, que
temos que acompanhar a velocidade da luz multiplicada pela velocidade da
informação, nos faz pessoas ansiosas e exaustas. E-mails, demandas, mensagens,
telefonemas e agora, whatsapp. Porque o nosso maior sonho era ser incomodado 24
h do dia, 7 dias da semana.
E o nosso corpo fala. Reclama.
Grita. Reivindica seu metabolismo e seus direitos. Reivindica 8h de sono, uma
vida com tempo pra almoçar, buscar os filhos no colégio e ligar para a mãe.
Reivindica assistir um programa ou ler um livro sem dividir a atenção com o
celular. Reivindica cuidar do seu casamento, da sua família, da sua saúde.
Na tentativa de cuidar um pouco
de tudo isso e tentar conciliar uma vida profissional com uma vida pessoal,
viajamos. E até nossa mente relaxa, mas nosso corpo... Ah, não está acostumado
a tanta mordomia.
É preciso desacelerar com
calma, que nem um carro em alta velocidade. Experimente brecar de vez, do nada,
para ver o que acontece (não, não experimente por favor!).
Então, o mais sábio é colocar
na cabeça que o mundo não para se você parar, o mundo não gira ao seu redor
(nem ao de ninguém) e que ninguém, meu amigo, é insubstituível.
Levar uma vida frenética é não
levar vida alguma. Confesso que o marasmo ou o tédio são horríveis, mas nem
oito nem oitenta. Exerça suas atividades diárias com prazer, mas separe um
tempo do seu dia ou da sua noite para relaxar. Fazer nada. Dormir. Ler bobagens.
Se divertir. Todos os dias.
Caso contrário, seu corpo não
só vai reclamar, como vai gritar com você, colocando-o no seu devido lugar. E
ai de você se reclamar!
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