Hoje vi uma postagem no LinkedIn que me chocou um pouco. Primeiro porque era de uma pessoa que eu admiro e que todos consideram humana, preocupada com o próximo. Segundo, porque essa mesma pessoa afirmava que não devíamos seguir nossas paixões por algum ofício ou profissão e sim pensar primeiro no retorno financeiro ao escolher o que devemos fazer durante nossas vidas. Sim, porque segundo ela, sem o retorno financeiro não há felicidade e isso deveria vir primeiro.
Parecia duas pessoas diferentes -
Ruth e Raquel.
Concordo em termos. Apenas paixão
por alguma profissão não paga as contas. Mas essa paixão pode ser uma mola, que
te impulsiona para cima, em busca dos seus objetivos - só depende das suas
atitudes. Ter paixão pelo seu ofício é algo necessário - eu diria vital -
principalmente para a saúde mental.
Hoje, o que vemos são pessoas
depressivas, ansiosas, tristes, rudes, desestimuladas porque não amam o que
fazem - e muitas, pasmem, são ricas! Mas também são viciadas em drogas, tarjas
pretas etc.
Muitas escolheram a profissão da
moda. Fizeram o MBA da moda, repetem frases de coaches da moda, mas da boca pra
fora, com um vazio imenso no peito, quase no automático. Para mim, elas são
pobres - só que de espírito.
Alguns são Diretores,
Coordenadores, até CEOs, mas não têm uma vida profissional feliz. Andam em
carros importados, ostentam relógios caros e comem lagostas, mas são incapazes
de dar bom dia com um sorriso no rosto. Pessoas que conquistam coisas e cargos,
e que depois não sabem o que fazer com eles ou para que servem. São incapazes
de ir em busca dos próprios sonhos. Quer limitação maior?
O trabalho, ao meu ver, só é
digno, quando feito com amor. Quando acrescenta na formação de alguém, quando é
solidário a alguém, seja o estagiário, seja o cliente, seja seu chefe. O
trabalho, a profissão só realiza uma pessoa quando essa pessoa é apaixonada
pelo que faz, mesmo com todos os perrengues que podem surgir.
Sou verdadeiramente apaixonada
pelo meu trabalho, pela minha profissão - e isso não quer dizer que não tenho
problemas, limitações e desafios. Tenho muitos, todos os dias e aprendo com
cada pessoa que convivo, com cada desafio vencido e com cada elogio
conquistado.
Acredito no meu trabalho porque sei que ajuda pessoas e por isso,
me ajuda a ser uma pessoa melhor.
Estou longe de ser rica - sou
servidora pública na área da saúde. Mas sou feliz com o que faço e só sou
realizada não pelo contracheque ou pela estabilidade, mas pela paixão que
sempre tive ao desempenhar um trabalho que gosto na área da biomedicina.
Sentir essa alegria todo dia de
manhã, quando me levanto para mais um dia de trabalho e desafios, não há
dinheiro no mundo que compre.
Então, se eu puder dar um
conselho, eu digo: Lute pelos seus sonhos. Escolha sua profissão porque você é
apaixonado por ela e pode ter certeza que, com o tempo, essa paixão virará amor
e dará bons frutos, inclusive e principalmente na sua conta bancária.
Não inverta a ordem, ou correrá o
risco de viver uma vida de regalias, lagostas e chandon e ainda assim ter uma
vida incrivelmente medíocre.
Daniele Van-Lume Simões 18 de janeiro de 2017
Quanta verdade.Sem palavras vc disse tudo .Que todo ser humano egoísta devia ser.Não é o ter e sim o ser que prevalece na justiça divina.Parabéns. Deus te ilumine nessa bela profissão. MUITAS VITÓRIAS VIRÃO. Um abraço com muito carinho.
ResponderExcluirAmém, tia querida! Um 😘
ExcluirVou compartilhar com os grupos que faço parte.
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