Ontem
assisti a um dos meus programas prediletos, por incrível que pareça na TV
aberta, o MasterChef Brasil, que me deu uma profunda lição sobre a importância
do tempo.
Não
porque fui dormir quase 2h da manhã e hoje estou caindo de sono, não. Mas sim
porque este danado é implacável com todos. O eliminado da noite não foi embora
por causa da qualidade da sua comida, nem porque trocou o sal por açúcar ou
mandou algum jurado para aquele lugar e sim porque não respeitou o senhor dos
senhores: o tempo.
Este
sim reina absoluto entre nós, mesmo já tendo sido provado que ele é relativo.
Sabe aqueles 15 minutos de atraso clássico do brasileiro, que você, que eu,
costumamos usufruir sem dor na consciência? Pois é, é péssimo. Em locais onde a
educação é a regra, não a exceção, e que todos se respeitam minimamente isso não
existe. Veja a Suíça, a Dinamarca, a Inglaterra. Ninguém faz você perder seu
tempo esperando por alguém, pois ele é respeitado, valorizado. São 15 minutos
que você poderia ter gasto dormindo, fazendo meditação, tomando café da manhã
com a família, lendo uma crônica como esta. Não esperando, não refém de uma
pessoa que se acha no direito de usurpar seu precioso tempo. Ele não volta.
Cada minuto perdido é minuto gasto.
O
participante do MasterChef foi eliminado porque não usou seu tempo
adequadamente, porque não conseguiu executar dois pratos e entregou somente um,
mesmo os dois sendo iguais. Aí você pensa: “Injusto isso, a comida dele estava
melhor”. Não senhor, não é injusto. Todos os outros participantes entregaram os
dois pratos, respeitaram o tempo, os convidados, as regras. Não ter respeito
pelo tempo alheio é algo muito grave e que só ontem percebi como fui egoísta
quando fiz os outros perderem seu tempo por minha causa.
Tão
importante quanto a quantidade de tempo gasto com alguma coisa ou alguém, é a
qualidade dele. O que você faz do seu tempo disponível? Como você trabalha?
Como você usa as horas de folga, quando não há compromissos? Você faz o que
realmente quer?
Que
a vida é curta, que o tempo, além de relativo, não volta, todo mundo sabe. Só
precisamos aprender a respeitá-lo. Quem sabe assim, conseguiremos, de fato,
também respeitar as pessoas antes que seja tarde. Game over.
Daniele
Van-Lume Simões 26 de abril de 2017
Quão bom seria se o brasileiro aprendesse isso...
ResponderExcluir