Sempre
admirei a capacidade que o ser humano tem de se reinventar. Seja em momentos de
crise, seja em momentos de inspiração, todos nós temos esse poder interno, mas
poucos são os que o conhecem e fazem uso dele.
Uma
pessoa que sempre me vem à mente quando o tema é superação é o premiado
pesquisador Stephen Hawking. Ele desenvolveu uma doença autoimune chamada de
Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), que limita os movimentos da musculatura
estriada esquelética e vive em uma cadeira de rodas. Não consegue falar, comer
ou até mesmo respirar sem auxílio mecânico.
Hoje,
ele que poderia estar vivendo uma vida quase vegetativa, escolheu não se
acomodar. Foi professor de matemática da Universidade de Cambridge durante 30
anos, ocupando a cadeira que foi de Isaac Newton e atualmente é pesquisador de
renomadas comunidades científicas europeias.
Quem
assistiu ao filme chamado “A teoria de tudo”, que falava sobre a vida de Hawking,
teve uma pequena noção de quantas vezes ele precisou se superar. Seja no
casamento, seja fisicamente, seja academicamente. Quantas vezes as pessoas não
acreditavam na capacidade dele e ele foi lá e provou que conseguia. A maior
limitação que alguém pode ter não é a física, é a emocional. Pois é a partir do
controle emocional que conseguimos desenvolver habilidades intelectuais.
Na
vida, estudamos e recebemos vários diplomas: graduação, mestrado, doutorado,
mas pouco ou quase nada é falado sobre a importância de manter sob controle
suas emoções, especialmente as negativas, especialmente o medo. Este último
paralisa até mesmo quem tem um corpo "perfeito". Não há diploma de controle
emocional nem de domínio do medo, mas são essas atitudes que fazem alguém ir
mais longe do que acreditava que iria. É controlando o seu medo que faz com que
seu corpo reaja e sua mente consiga raciocinar e produzir.
Stephen
conseguiu dominar o medo e o mundo. Deixou cientistas embasbacados com tamanha
complexidade de suas teorias e que são explicadas de uma forma razoavelmente
simples em seus livros – é o dom do magistério. Cientista nato. Brilhante.
Olho
para o exemplo de Hawking de um lado e do outro vejo pessoas que não conseguem
dar um passo à frente, mesmo com duas pernas saudáveis. Ao contrário, vivem
andando para trás e se auto sabotando. Repetindo para si mesmas que não
conseguem. Vejo pessoas que se julgam incapazes de crescer e progredir porque
se acham feias, ou porque são gordas, ou porque não tiveram estudo ou dinheiro.
Transferem seus medos para características físicas ou sociais.
Claro
que ter acesso a estudo de qualidade e ter dinheiro são facilitadores para
atingir seus objetivos, mas não é imperativo. Tem gente que tem tudo isso e
fracassa. Tudo depende da forma que controlamos nossos medos e o nosso
crescimento é proporcional à nossa ousadia em arriscar. Ousadia não é sinônimo
de irresponsabilidade – isso é o que te disseram para te manterem sob controle.
Ao
controlar nossos medos, ficamos fortalecidos para não nos deixarmos abater pela
crítica alheia nem por nossas imaginárias limitações. Ao controlar nossos os
medos, conseguimos ir mais longe do que jamais imaginamos ser possível. Não
deixe que te façam acreditar que você é incapaz de algo, tampouco auto
sabote-se.
A maior e mais poderosa
ferramenta que existe é o cérebro. Não é indicação profissional ou política, não é
quem você conhece, não é quanto dinheiro você tem na conta. Claro que tudo o
que citei é facilitador para o sucesso, mas não é o motivo dele. Estude,
especialize-se, acredite em suas ideias, lute pelos seus sonhos e
principalmente, não se imponha limites! A pior limitação é aquela que acreditamos
ter. Supere-a. Viva a vida que você acredita que merece. Não é fácil, mas é
totalmente libertador.
Daniele Van-Lume Simões 11 de julho de 2017
Dani, Stephen me inspira. Li (tentei) o livro Buracos negros dele..e me perguntei? Porque uma pessoa tão brilhante precisa passar por uma doença tão cruel? Em seguida penso: Tão desafiado pela vida e tão determinado a vencê-la. É disso que estou falando... Renata
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