Hoje pela manhã, numa das raras
vezes que ligo a TV, me deparei com uma notícia que me deixou reflexiva:
o homem que já foi considerado o mais rico do Brasil e o 8º do mundo estava
foragido, após ser decretada voz de prisão devido a corrupção em suas empresas
- que por sinal faliram há alguns anos.
Quem poderia imaginar, nos anos
90/2000, que este homem passaria por isso um dia, quando sua fortuna já foi
estimada em mais de 100 Bilhões de reais? Sim, eu não disse milhões, você leu
certo. São 11 zeros à direita, meu bem.
Bom, eu não entendo muito de
mercado financeiro e sou um pouco conservadora em relação aos investimentos,
mas essa situação desse senhor me fez pensar no valor das coisas - e não no
sentido monetário.
O dinheiro é viciante. O poder
também. Os dois juntos - pronto - quase uma heroína financeira. Nunca fui rica
dessa forma, mas em alguns momentos me deixei seduzir por coisas caras – e quanta
ilusão. Hoje, eu fico pensando que se eu tivesse alguns poucos milhões, viveria
de renda. 20 mil, 30 mil por mês de renda e estaria ótimo. Aliás, excelente. Nunca
mais precisaria me preocupar com dinheiro e só trabalharia se quisesse. Mas
será que realmente é sempre assim?
Acho que o que acontece com a
grande maioria das pessoas que ficam milionárias ou bilionárias e perdem tudo é
que o dinheiro ganhado honestamente tem um limite. Uma espécie de teto. Sim, eu
não acredito em quantias milionárias rápidas sem uma história suja por perto -
por melhor que seja a ideia. Vai ter uma hora que para ganhar mais, você vai se
deparar com gente sem ética no caminho e ou você para ou avança – e põe na sua
conta o risco.
Nessas situações que a pessoa
escolhe avançar, alguém ou foi passado para trás, ou foi omitida alguma
informação, ou ainda acordos tão indecentes que são inimagináveis – que podem
incluir até a morte de alguém. Alguma "sujeira" acontece para que
alguém se beneficie dela. E quando algo está sujo, a mancha só tende a
aumentar, quando aliada à ganância de ganhar mais. De mandar mais. Mais, mais e
mais. Perde-se o limite, o senso, a noção, a vergonha na cara, a dignidade, a
família, a paz de espírito - você vende sua alma para a vaidade e ela cobra
cada centavo da dívida.
E quanto aos valores? Quais
valores realmente são importantes? Não os monetários, mas os valores de vida,
de família, de fé, de solidariedade, de ética? Esses são os que realmente podem
trazer felicidade, mas caíram em desuso. Estão démodé, assim como a expressão.
Porém, nada impede que você
seja ou fique rico e ainda tenha esses valores e os repasse para seus filhos,
amigos, familiares, colaboradores, mas saiba que se você os tiver, não será tão
rico quanto poderia ficar.
E aí eu te pergunto: Quanto
vale sua liberdade e sua paz de espírito?
As minhas não têm preço e se
tivessem, não estariam à venda.
Daniele Van-Lume Simões 26 de janeiro de 2017
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