sexta-feira, 12 de maio de 2017

Aqui jaz o Português


Não sou uma "expert" na língua portuguesa, mas sempre me esforcei para aprender como escrever corretamente, além de falar, claro.
Se o português morreu, a internet foi o cemitério. Nunca vi tantos erros como tenho visto ultimamente: em e-mails, em matérias de sites famosos, em WhatsApp. Nesse último é um show de horrores.
Mim não conjuga verbo. “Para mim fazer” não existe, a menos que você seja de alguma tribo indígena isolada na fronteira com a Guiana. Também não existe "você mim enche de orgulho". Desse jeito, é só desgosto!!! Você ME enche o saco escrevendo MIM onde não deve, sabia?
Vai dar para eu ir e não "vai dá para eu ir". Quantos verbos foram assassinados brutalmente depois de terem o "r" furtado de suas escritas? Dói, gente, até na alma.
Fora quando dizem que vão "concertar", em vez de consertar... A internet anda cheia de Mozarts e Chopins. Nunca vi igual.
E o famoso "a gente vamos?". A gente vai ou nós vamos. A gente só encontra verbo no plural na música do ultraje a rigor... "Inútil, a gente somos inútil!!!". E alguns são mesmo.
E quando em vez de "a gente", escreve-se "agente"? Agente, meu bem, só se for da polícia.
Fora os absurdos quando trocam letras, põem acentos errados, "comem letras" no "por favor" (pf), "com licença" (com lça) e "obrigado" (obg)... aleijam a gramática. Coitada.
Faz tempo que perdi a paciência com quem comete erros idiotas de português por pura preguiça de estudar.
Se eu soubesse que seria assim hoje, nunca teria achado ruim ler Machado de Assis no ginásio...
Eu era feliz e não sabia!

Daniele Van-Lume Simões     12 de maio de 2017


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