terça-feira, 1 de novembro de 2016

O corpo fala... Mas, às vezes, grita.


O corpo é engraçado, não se engana. Cansaço, estresse, rotina, tudo isso faz com que alguns sinais apareçam - e geralmente não são bons. Quilos a mais, olheiras, insônia, colesterol limítrofe... O preço é alto que pagamos pela vida moderna.
Quando era mais nova, pensava que deveria ser um tédio viver numa praia ou num sítio. Hoje penso nisso todo dia. Mas de outra forma.
Essa rotina cibernética, que temos que acompanhar a velocidade da luz multiplicada pela velocidade da informação, nos faz pessoas ansiosas e exaustas. E-mails, demandas, mensagens, telefonemas e agora, whatsapp. Porque o nosso maior sonho era ser incomodado 24 h do dia, 7 dias da semana.
E o nosso corpo fala. Reclama. Grita. Reivindica seu metabolismo e seus direitos. Reivindica 8h de sono, uma vida com tempo pra almoçar, buscar os filhos no colégio e ligar para a mãe. Reivindica assistir um programa ou ler um livro sem dividir a atenção com o celular. Reivindica cuidar do seu casamento, da sua família, da sua saúde.
Na tentativa de cuidar um pouco de tudo isso e tentar conciliar uma vida profissional com uma vida pessoal, viajamos. E até nossa mente relaxa, mas nosso corpo... Ah, não está acostumado a tanta mordomia.
É preciso desacelerar com calma, que nem um carro em alta velocidade. Experimente brecar de vez, do nada, para ver o que acontece (não, não experimente por favor!).
Então, o mais sábio é colocar na cabeça que o mundo não para se você parar, o mundo não gira ao seu redor (nem ao de ninguém) e que ninguém, meu amigo, é insubstituível.
Levar uma vida frenética é não levar vida alguma. Confesso que o marasmo ou o tédio são horríveis, mas nem oito nem oitenta. Exerça suas atividades diárias com prazer, mas separe um tempo do seu dia ou da sua noite para relaxar. Fazer nada. Dormir. Ler bobagens. Se divertir. Todos os dias.

Caso contrário, seu corpo não só vai reclamar, como vai gritar com você, colocando-o no seu devido lugar. E ai de você se reclamar!


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